O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu nesta semana que possíveis irregularidades no INSS podem ter se iniciado durante sua gestão, mas afirmou que o problema se intensificou no governo atual, sob Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita durante entrevista em que manifestou apoio à criação de uma CPMI para investigar descontos indevidos em benefícios previdenciários.
Bolsonaro destacou que, apesar de eventuais falhas em sua administração, os casos de prejuízos a aposentados e pensionistas se tornaram mais frequentes nos últimos meses. O prejuízo estimado supera R$ 1 bilhão, segundo relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU). O ex-presidente defendeu a apuração transparente dos fatos, sem atribuir responsabilidades previamente.
A proposta de CPMI ganhou força no Congresso após denúncias de beneficiários que tiveram valores descontados ilegalmente. Líderes partidários avaliam os trâmites para instalação da comissão, que deve incluir representantes do governo federal e de órgãos de controle. O Ministério da Previdência ainda não se pronunciou sobre as acusações.