Pesquisadores apontam que a biofabricação de tecidos humanos pode se tornar uma alternativa mais precisa e ágil aos tradicionais testes de toxicidade em animais para novos medicamentos. Atualmente, esses exames são obrigatórios antes dos ensaios clínicos em humanos, mas enfrentam críticas por diferenças biológicas entre espécies. O avanço foi destacado esta semana por cientistas da área de biotecnologia.
Os testes atuais avaliam primeiramente a funcionalidade das moléculas em células do tecido alvo, seguidos por exames em animais, como os de hepatotoxicidade. Porém, como os animais não são da mesma espécie que humanos e os medicamentos estão cada vez mais específicos, os resultados podem não refletir com precisão os efeitos em pessoas.
A biofabricação de tecidos humanos promete revolucionar o processo, oferecendo modelos mais fiéis à biologia humana. A técnica permitiria testes mais rápidos e confiáveis, reduzindo tanto os riscos para voluntários humanos quanto a dependência de modelos animais, alinhando-se às demandas por métodos mais éticos e precisos na pesquisa farmacêutica.