O Banco Central do Brasil aumentou a taxa Selic para 14,75% ao ano nesta semana, o maior patamar em quase duas décadas, enquanto o Federal Reserve (Fed) manteve os juros americanos entre 4,25% e 4,50% pela terceira vez seguida. A decisão torna os investimentos em renda fixa no Brasil mais atrativos, mas especialistas destacam que o cenário global ainda favorece aplicações no exterior.
Analistas apontam que investimentos internacionais oferecem vantagens como diversificação de patrimônio, proteção cambial em moedas fortes (principalmente o dólar) e acesso a mercados mais amplos e diversificados que o brasileiro. “A exposição global reduz riscos geopolíticos e setoriais”, explica um economista da XP Investimentos.
Embora a alta da Selic amplie o diferencial de juros entre Brasil e EUA, especialistas recomendam que entre 15% e 30% da carteira de investimentos seja alocada no exterior. O movimento recente do BC brasileiro reflete preocupação com a inflação, enquanto o Fed sinaliza possível início de cortes nos juros em 2024, o que pode alterar o cenário de atratividade relativa entre os mercados.