O presidente do Banco Central afirmou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve ser utilizado como instrumento de arrecadação ou política monetária, mas sim como ferramenta regulatória, especialmente no crédito. Durante evento em São Paulo, ele destacou que o tributo pode corrigir distorções, desde que haja cuidado com o nível das alíquotas. A declaração ocorre em meio a discussões sobre mudanças recentes nas regras do imposto, anunciadas pelo Ministério da Fazenda.
O Ministério da Fazenda havia proposto alterações nas alíquotas do IOF para aumentar a arrecadação, medida que gerou descontentamento no Congresso e no mercado. O presidente do BC já havia manifestado discordância com a proposta, classificando-a como inadequada para ajuste fiscal. Ele ressaltou que o Banco Central aguardará o formato final do imposto antes de incorporar seus efeitos nas projeções econômicas, evitando aumentar a volatilidade em um cenário de incertezas.
O debate sobre o IOF também envolve questões de comunicação e coordenação entre instituições. O presidente do BC defendeu maior clareza nas atribuições de cada órgão e elogiou a disposição do Ministério da Fazenda em rever parte da medida. Além disso, destacou a importância de uma comunicação eficiente por parte das autoridades monetárias para evitar ruídos e desinformação, especialmente em um momento de desafios econômicos.