O Banco Central (BC) sinalizou nesta terça-feira (13/5) que poderá manter ou até elevar novamente a taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando a persistência de incertezas sobre o cenário inflacionário. A decisão foi comunicada na ata do último encontro do órgão, que também reforçou críticas aos estímulos fiscais do governo federal.
O documento apontou que a inflação segue sob pressão devido a fatores como a política fiscal expansionista, citando explicitamente os ‘estímulos fiscais’ como responsáveis pelo crescimento econômico recente. O Copom ressaltou que as decisões sobre a Selic continuarão a considerar o ritmo de gastos públicos, indicando que os juros devem permanecer em patamares elevados por um período prolongado.
Analistas interpretam o tom da ata como um alerta ao governo Lula, já que o BC vinculou diretamente a condução monetária à disciplina fiscal. O comitê enfatizou que ‘dada a política fiscal corrente e futura’ ajustará a taxa de juros conforme necessário, reforçando a autonomia da autoridade monetária em um contexto de tensão com o Planalto sobre o rumo da economia.