O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano, marcando o sétimo aumento consecutivo. A decisão surpreendeu parte do mercado, que esperava manutenção da taxa em 14,75%. Esse é o maior patamar desde julho de 2006, quando a Selic estava em 15,25%.
Apesar do recuo da inflação em maio (0,26%), o IPCA acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%. O Banco Central utiliza a Selic como principal instrumento para controlar a inflação, que agora segue o sistema de meta contínua, com verificação mensal do acumulado em 12 meses. As projeções do mercado, porém, são mais pessimistas que as oficiais, estimando inflação de 5,25% em 2025.
O aumento da Selic encarece o crédito, desestimula consumo e produção, mas ajuda a conter a inflação. Por outro lado, dificulta o crescimento econômico, cuja projeção oficial foi reduzida para 1,9% em 2025. O mercado, no entanto, prevê expansão de 2,2% do PIB no mesmo período. A taxa básica serve de referência para toda a economia e seu ajuste busca equilibrar controle inflacionário e atividade econômica.