O Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (18.jun.2025), levando o indicador de 14,75% para 15,00% ao ano. A decisão foi unânime e marca o maior patamar desde junho de 2006, quando a taxa estava em 15,25%. Esta é a sétima alta consecutiva, embora com desaceleração no ritmo, já que o aumento anterior foi de 0,50 ponto.
A Selic influencia diretamente os juros de empréstimos, financiamentos e investimentos, além de impactar o rendimento de aplicações financeiras. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que deve manter a taxa no mesmo patamar na próxima reunião, em 30 de julho, para avaliar os efeitos acumulados dos ajustes já realizados. A medida visa controlar a inflação, que em maio estava em 5,32%, acima da meta de 4,5%.
O governo Lula, que criticava os juros altos em 2023 e 2024, amenizou o discurso após a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC. No entanto, ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho) continuam a questionar o impacto da Selic elevada na economia. Cada ponto percentual adicional na taxa custa cerca de R$ 50 bilhões a R$ 55 bilhões à dívida pública, segundo o Tesouro Nacional.