No início do 11º Fórum Parlamentar do BRICS, realizado no Senado, autoridades brasileiras destacaram a necessidade de reformar instituições internacionais para refletir o peso atual dos países emergentes. Representantes argumentaram que estruturas como o Conselho de Segurança da ONU ainda seguem lógicas do pós-Segunda Guerra, sem considerar as dinâmicas geopolíticas do século XXI. Foi reforçado o compromisso com uma governança global mais inclusiva, que garanta maior participação do Sul Global nas decisões mundiais.
Entre os temas discutidos, destacaram-se a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a defesa de regras comerciais mais justas, especialmente para nações em desenvolvimento. Parlamentares também enfatizaram a importância do BRICS como uma aliança estratégica para promover uma nova ordem econômica e política, reduzindo a dependência de hegemonias isoladas. O bloco, que representa mais de 30% da economia global, foi apontado como um ator fundamental na busca por soluções negociadas para conflitos internacionais.
A agenda do fórum incluiu temas como saúde global, desenvolvimento sustentável, governança da inteligência artificial e igualdade de gênero. Autoridades ressaltaram a importância da cooperação multilateral e do diálogo político para enfrentar desafios transnacionais. A participação ativa de parlamentares mulheres e a recente expansão do BRICS foram citadas como sinais do caráter inclusivo e diversificado do bloco.