O presidente do Banco Central afirmou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve ser utilizado como ferramenta de arrecadação ou controle de capitais, mas sim com função regulatória. A declaração ocorreu após o governo federal anunciar e depois recuar de um aumento na tributação, medida que gerou reações negativas no mercado. Durante evento, o representante da autoridade monetária reforçou que o uso inadequado do tributo é indesejável para a política econômica.
Em meio a um cenário de incertezas na política monetária, tanto no Brasil quanto no exterior, o dirigente destacou a importância de flexibilidade e comunicação cautelosa por parte do Banco Central. Ele reconheceu que a taxa de juros atual tem caráter contracionista, mas ressaltou que os ajustes devem seguir baseados em dados econômicos. A necessidade de aprimorar a governança do Conselho Monetário Nacional também foi mencionada, devido a discussões que geram desconforto no colegiado.
Apesar do contexto global de possível desaceleração, o presidente do BC classificou a economia brasileira como “resiliente” e reforçou o monitoramento contínuo das políticas monetárias. As declarações enfatizaram a importância de equilíbrio nas decisões econômicas, alinhadas aos desafios internos e externos. O discurso reforçou a postura técnica da instituição, sem aprofundar especulações sobre futuras medidas.