Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (6), representantes do setor elétrico discutiram os efeitos da energia injetada por micro e mini geração distribuída nas redes das distribuidoras. O debate, promovido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, centrou-se no chamado ‘fluxo reverso’, que altera a dinâmica tradicional do sistema.
Tradicionalmente, a energia flui das subestações até os consumidores finais por meio das redes de distribuição. Com a geração distribuída, consumidores passaram a produzir sua própria eletricidade, principalmente por meio de painéis solares, e a injetar o excedente na rede, invertendo o fluxo. Esse fenômeno tem gerado divergências sobre custos e benefícios para o sistema.
Especialistas apontam que, enquanto a geração distribuída reduz a necessidade de investimentos em transmissão, também pode onerar outros consumidores com custos de manutenção da rede. O tema segue em discussão, com expectativa de novas regulamentações para equilibrar os interesses do setor e dos usuários.