Uma embarcação com 12 ativistas partiu da Sicília, no sul da Itália, neste domingo (1º), com destino à Faixa de Gaza, em uma missão que combina ajuda humanitária e protesto contra o bloqueio imposto por Israel. Entre os participantes estão representantes de organizações de direitos humanos e figuras públicas, que buscam chamar a atenção internacional para a crise humanitária na região. Durante coletiva antes da partida, emocionada, uma das ativistas destacou que o silêncio global diante da situação equivale a “um genocídio transmitido ao vivo”.
A viagem deve durar sete dias, mas há incertezas sobre a possibilidade de interceptação por forças israelenses. Uma tentativa semelhante, realizada em maio, não teve sucesso. Israel nega acusações de genocídio e classifica críticas ao seu bloqueio como antissemitas, alegando que a medida pressiona um grupo armado a libertar reféns capturados em outubro de 2023. Enquanto isso, agências da ONU e entidades humanitárias alertam para a dificuldade de levar suprimentos aos cerca de 2 milhões de palestinos em Gaza.
A missão ocorre em um contexto de tensão crescente, com relatos de milhares de mortes na região desde o início do conflito. O governo israelense afirma ter flexibilizado parcialmente o bloqueio para permitir a entrada limitada de ajuda, mas organizações internacionais consideram os esforços insuficientes. A embarcação segue como um símbolo de resistência e solidariedade, enquanto o mundo acompanha os desdobramentos da crise.