Um ativista brasileiro chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos na quinta-feira (13), após ser detido em Israel durante uma missão humanitária. Ele integrava a “Flotilha da Liberdade”, iniciativa que buscava levar ajuda a Gaza, mas foi interceptada por forças israelenses. O grupo foi acusado de tentar furar o bloqueio militar à região, e o ativista relatou ter ficado em cela solitária por dois dias, além de fazer greve de fome em protesto.
Durante a detenção, autoridades israelenses teriam pressionado os integrantes da missão a assinar um documento admitindo entrada ilegal no país, o que foi recusado. O ativista argumentou que a interceptação ocorreu em águas internacionais, caracterizando-a como sequestro. Após a recusa, ele foi deportado e banido de Israel por um século. Outros participantes da missão, incluindo uma eurodeputada, relataram ameaças semelhantes.
Ao retornar ao Brasil, o ativista criticou a política israelense e a cobertura midiática do conflito, defendendo uma postura mais firme do governo brasileiro, inclusive a possibilidade de romper relações diplomáticas com Israel. Ele também diferenciou antissionismo de antissemitismo, destacando que muitos judeus se opõem às ações militares na região. A missão, que incluiu ativistas de várias nacionalidades, gerou repercussão internacional e reacendeu o debate sobre a crise humanitária em Gaza.