O brasileiro Thiago Ávila, integrante da Flotilha da Liberdade, anunciou que o grupo de ativistas prepara uma nova missão para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Em entrevista à Agência Brasil, Ávila afirmou que o objetivo é romper o bloqueio imposto por Israel e abrir um corredor humanitário. ‘Enquanto tiver crianças morrendo de fome em Gaza, essa é a missão fundamental’, disse. O grupo já conta com um novo barco, o Handala, quase pronto para a viagem.
Ávila relatou a interceptação do barco em águas internacionais pelas forças israelenses em 9 de junho, descrevendo a ação como um ‘sequestro’ e denunciando violência e abuso de poder. Ele e outros ativistas foram mantidos em condições precárias, incluindo celas com infestação de insetos e água imprópria para consumo. ‘Foi um processo degradante, com constantes ameaças e violência psicológica’, afirmou. Ávila também fez greve de fome em protesto e foi colocado em cela solitária como punição.
Organizações de direitos humanos, como o Monitor Euro-Med e a Addameer, denunciaram torturas sistemáticas e violações do direito internacional nas prisões israelenses. O Conselho Nacional de Direitos Humanos do Brasil classificou a detenção de Ávila como crime de guerra e pediu a suspensão das relações com Israel. O Itamaraty considerou a ação uma violação do direito internacional e exigiu a libertação do ativista, que retornou ao Brasil na última sexta-feira (13).