Ao menos 31 pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas após ataques próximos a um ponto de ajuda humanitária em Rafah, na Faixa de Gaza, neste domingo. Testemunhas e autoridades de saúde relataram que civis se aglomeravam para receber alimentos quando foram alvo de disparos. A Gaza Humanitarian Foundation, responsável pela distribuição, afirmou que a operação ocorreu “sem incidentes” e negou relatos de caos em suas áreas de atuação, que estão localizadas em zonas militares com acesso restrito.
Enquanto a fundação garantiu que seus seguranças não atiraram contra civis, o exército israelense admitiu ter realizado “tiros de advertência”. Funcionários de um hospital da Cruz Vermelha confirmaram o atendimento às vítimas, contradizendo a versão de que não houve violência no local. A discrepância entre os relatos permanece sem esclarecimentos, enquanto a situação humanitária na região segue crítica.
O incidente ocorre em meio à crescente pressão internacional por um cessar-fogo na região, com organizações humanitárias alertando para o risco de colapso no fornecimento de alimentos e medicamentos. A falta de acesso seguro para civis em zonas de conflito tem sido um dos principais obstáculos para a distribuição de ajuda, agravando a crise humanitária em Gaza. Autoridades locais e internacionais cobram investigações independentes sobre o ocorrido.