Um ataque ocorrido no domingo (1º) em Boulder, no Colorado, deixou oito pessoas feridas após um indivíduo lançar dispositivos incendiários contra manifestantes que participavam de um ato em apoio a reféns israelenses capturados pelo Hamas. O suspeito, um cidadão egípcio que estava nos Estados Unidos com visto vencido, gritou “Palestina livre” antes do ataque, segundo relatos das autoridades. O incidente aconteceu no Pearl Street Mall, área central da cidade, durante uma manifestação organizada pelo grupo “Run for Their Lives”.
As investigações, lideradas pelo FBI, apontam que o agressor utilizou um “lança-chamas improvisado” e que as vítimas, com idades entre 52 e 88 anos, foram alvo de um ato de violência direcionado. O governador do Colorado, Jared Polis, classificou o ataque como “hediondo” e direcionado à comunidade judaica, enquanto o primeiro-ministro israelense afirmou que as vítimas foram atacadas por sua identidade religiosa. O suspeito, que já havia solicitado asilo nos EUA sem sucesso em 2005, está sob custódia e enfrenta acusações como tentativa de homicídio e uso de explosivos.
Autoridades ainda investigam se o ataque tem ligação com grupos terroristas, mas, até o momento, não há indícios de conexões específicas. O caso está sendo tratado como um possível crime de ódio, dada a natureza do alvo. O local onde o suspeito residia foi isolado pela polícia, e uma mulher foi autorizada a entrar na propriedade para recolher pertences. O Departamento de Segurança Interna reforçou a necessidade de apurar as circunstâncias da entrada e permanência irregular do indivíduo no país.