Israel realizou um ataque sem precedentes ao Irã, com o objetivo declarado de impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo país. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a planta de enriquecimento de urânio em Natanz foi parcialmente destruída, com danos também registrados em outras instalações, como Isfahan. No entanto, a planta de Fordo não sofreu danos significativos, segundo a agência da ONU.
Especialistas afirmam que, embora Israel possa causar danos ao programa nuclear iraniano, é improvável que consiga destruí-lo completamente. Ali Vaez, da International Crisis Group, destacou que os conhecimentos técnicos do Irã não podem ser eliminados, mesmo com a morte de nove cientistas nos ataques. Além disso, a localização de reservas de urânio altamente enriquecido permanece incerta, o que pode influenciar o desfecho da situação.
A AIEA não detectou aumento nos níveis de radiação nas áreas afetadas, minimizando preocupações imediatas para a população. No entanto, um eventual ataque à usina de Bushehr poderia ter graves consequências ambientais e de saúde. O Irã nega buscar armas nucleares, mas seu estoque de urânio enriquecido a 60% está próximo do nível necessário para produção de bombas, segundo relatórios da agência.