As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, retomadas nesta segunda-feira em Istambul, foram ofuscadas por um audacioso ataque ucraniano a bases aéreas russas. A operação, chamada “Teia de Aranha”, destruiu 41 bombardeiros com capacidade nuclear e foi planejada durante um ano e meio, marcando um revés significativo para as forças invasoras. O ataque, realizado sem o conhecimento dos Estados Unidos, minou as expectativas de um acordo rápido e colocou em dúvida a eficácia das negociações em curso.
O governo ucraniano reforçou suas condições para um possível cessar-fogo, exigindo a libertação de prisioneiros, o retorno de crianças deslocadas à força e a monitoração internacional. No entanto, descartou qualquer concessão territorial ou medida que ameace a soberania do país. O sucesso da operação militar deu novo ânimo às autoridades ucranianas, que agora chegam às conversas com maior poder de barganha, enquanto a delegação russa, liderada por um ex-ministro, é vista com ceticismo.
O desenvolvimento recente complica ainda mais os esforços diplomáticos, especialmente para os Estados Unidos, que buscavam mediar um acordo. A falta de avanços concretos e as ações militares em curso sugerem que as negociações em Istambul podem resultar em poucos progressos. O conflito, agora em seu terceiro ano, continua sem perspectivas claras de resolução, enquanto ambos os lados mantêm posições firmes e divergentes.