Uma das maiores referências da arqueologia brasileira, responsável por descobertas que revolucionaram o entendimento sobre o povoamento das Américas, faleceu aos 92 anos. A pesquisadora dedicou sua vida ao estudo e preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, onde liderou escavações que revelaram vestígios humanos de mais de 40 mil anos, desafiando teorias consolidadas sobre a ocupação do continente.
Formada em história natural pela USP e doutora pela Universidade Paris-Sorbonne, a arqueóloga descobriu mais de 700 sítios pré-históricos, com centenas de pinturas rupestres e evidências de habitações antigas. Seu trabalho não apenas transformou o campo científico, mas também impulsionou o desenvolvimento cultural e social da região do Piauí, onde fundou uma instituição dedicada à preservação do patrimônio histórico.
Em nota, o Parque Nacional Serra da Capivara destacou seu “legado imensurável para a ciência e a cultura do país”. Sua trajetória foi marcada pela defesa incansável do patrimônio arqueológico brasileiro, deixando contribuições que continuarão a influenciar gerações futuras. A causa da morte não foi divulgada.