O governo argentino autorizou, nesta quarta-feira (18), a compra de armas semiautomáticas e de assalto por civis, conforme decreto publicado no Diário Oficial. A medida revoga uma proibição que estava em vigor há três décadas e já gera polêmica entre especialistas em segurança pública.
A decisão, assinada pelo presidente ultraliberal Javier Milei, permite que ‘usuários legítimos’ adquiram e portem armas semiautomáticas com carregadores removíveis, incluindo modelos derivados de armamentos militares com calibre superior a 22. O texto não especifica critérios adicionais para a definição de ‘usuário legítimo’ além das exigências já previstas na legislação argentina.
A medida representa uma guinada na política de controle de armas no país, que mantinha restrições a esse tipo de armamento desde os anos 1990. Especialistas em segurança pública alertam que a flexibilização pode aumentar os riscos de violência armada, enquanto defensores da medida argumentam que amplia o direito à legítima defesa.