Em meio ao conflito com a Rússia, a Ucrânia tem se tornado um laboratório de inovação em drones militares, com produção descentralizada em apartamentos e espaços improvisados. Voluntários locais e estrangeiros, incluindo especialistas em tecnologia, trabalham na montagem de equipamentos como os drones FPV (First Person View), que são controlados por óculos de realidade virtual para atingir alvos táticos. Peças são adquiridas online, e o conhecimento é compartilhado entre os envolvidos, acelerando a capacidade de produção.
Além dos drones FPV, outros modelos, como os iranianos Shahed, são utilizados por ambos os lados do conflito. Para contornar interferências eletrônicas, algumas unidades operam com cabos de fibra óptica, enquanto engenheiros ucranianos desenvolvem sistemas alternativos ao GPS, vulnerável a bloqueios. Startups locais têm criado drones mais autônomos, reduzindo a dependência de controle remoto e aumentando a eficácia em combate.
A inteligência artificial tem sido crucial nesse processo, permitindo que alguns drones tomem decisões independentes, elevando-os à categoria de armas autônomas letais. Analistas destacam a velocidade da inovação tecnológica na Ucrânia, com ciclos de desenvolvimento que podem durar apenas semanas. Essa adaptação rápida tem redefinido estratégias militares, colocando os drones no centro do conflito.