A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou a suspensão imediata da venda e o recolhimento de dois produtos amplamente consumidos no país: o suplemento de proteína 100% Full Whey, da marca Fullife Nutrition, e um lote específico de canela-da-china em pó da marca Kinino. A decisão, anunciada nesta quarta-feira em Brasília, foi motivada por análises laboratoriais que revelaram a presença de substâncias não declaradas nos rótulos, além de outras irregularidades que comprometem a segurança do consumidor. Esses achados destacam a importância da vigilância contínua sobre produtos alimentícios, especialmente os que prometem benefícios de saúde.
Os testes conduzidos pela Fundação Ezequiel Dias detectaram que o produto 100% Full Whey continha glúten, com traços de trigo, centeio e cevada, apesar de ser anunciado como livre dessa proteína. Adicionalmente, o rótulo apresentava alegações proibidas, consideradas enganosas. No caso da canela-da-china em pó, da marca Kinino, foi identificado amido na composição, um componente que não é parte da canela natural, além de matérias estranhas observadas ao microscópio. Segundo a Anvisa, tais descobertas não apenas violam normas regulamentares, mas também representam riscos potenciais à saúde dos consumidores, levando a uma resposta regulatória rigorosa.
Impulsionada por esses incidentes, a Anvisa reforçou seus alertas aos consumidores sobre a importância de verificarem atentamente os rótulos dos produtos e reportarem quaisquer reações adversas ou suspeitas aos canais oficiais. Este episódio também levanta questões sobre a eficácia das práticas de supervisão e transparência na indústria de suplementos e alimentos, pressionando por uma revisão mais ampla das políticas regulatórias para prevenir futuras ocorrências. À medida que o mercado de suplementos cresce, o papel da vigilância sanitária torna-se ainda mais crucial, sugerindo a necessidade de abordagens inovadoras para garantir a segurança e a confiança do consumidor.