A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou um reajuste de até 6,06% para os planos de saúde individuais e familiares no Brasil, aplicável entre maio de 2025 e abril de 2026. Este ajuste poderá ser implementado no mês de aniversário dos contratos, afetando diretamente os 8,6 milhões de beneficiários desses planos, que representam 16,5% dos usuários de assistência médica no país. A decisão foi anunciada ontem, dia 23, e não será aplicada aos planos coletivos, que correspondem a 83,5% do mercado. A medida traz um alívio para os consumidores, já que o índice ficou abaixo do teto de 6,91% definido em 2024.
O reajuste de 6,06% reflete uma tentativa de equilibrar a inflação e o custo crescente dos serviços de saúde, conforme explicam especialistas do setor. Em 2021, os planos individuais experimentaram um raro reajuste negativo de -8,19% devido à redução das despesas assistenciais durante a pandemia de Covid-19. Segundo a ANS, a recente aprovação visa manter a sustentabilidade financeira das operadoras, enquanto protege os consumidores de aumentos excessivos. O reajuste também destaca a diferença entre os planos individuais e coletivos, os quais têm maior flexibilidade para negociar preços, mas que também apresentam desafios em termos de regulação e controle.
O impacto desse reajuste pode ser significativo no longo prazo, uma vez que o setor de planos de saúde está intrinsecamente ligado ao bem-estar econômico das famílias brasileiras. Com a inflação sob controle, há uma expectativa de que a medida contribua para estabilizar o mercado, ainda que as pressões por custos continuem. Futuramente, espera-se que a ANS continue monitorando as tendências do setor, buscando um equilíbrio entre acessibilidade e viabilidade econômica. A decisão recente também levanta questões sobre como os planos de saúde se adaptarão a novos desafios, como o envelhecimento da população e o avanço tecnológico no campo médico, temas que prometem moldar o futuro dos serviços de saúde no Brasil.