O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou neste sábado (10), em Moscou, que a Ucrânia precisará renunciar à Crimeia, discutir os territórios ocupados no Donbass, Kherson e Zaporizhzhia, e abandonar a entrada na OTAN para alcançar um acordo de paz com a Rússia. A declaração foi dada a jornalistas antes de sua partida da capital russa.
O principal conselheiro de política externa do presidente Lula destacou que a análise é de sua autoria, não representando uma posição oficial do governo brasileiro. Amorim, ex-chanceler, evitou juízos morais sobre o conflito, defendendo uma abordagem pragmática baseada na ‘paz possível’ diante das circunstâncias atuais.
O assessor presidencial enfatizou a necessidade de negociações realistas para encerrar a guerra, sugerindo que concessões territoriais e de soberania podem ser inevitáveis. A postura reflete o alinhamento histórico do Brasil com a mediação diplomática, mesmo em cenários complexos como o conflito russo-ucraniano.