O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou neste sábado (10), em Moscou, que os países do Brics podem considerar exceções limitadas para expansão do bloco, mas defendeu a consolidação do grupo em seu formato atual. A declaração foi feita durante preparativos para a cúpula do Brics, marcada para julho no Rio de Janeiro.
Amorim destacou a necessidade de manter a coesão do grupo, afirmando: ‘O Brics tem que ser consolidado como está. Tem uma exceção ou outra, não sei ainda direito como será, mas tem que ser consolidado basicamente com o tamanho dele’. O assessor presidencial argumentou que ampliações excessivas poderiam dificultar a tomada de decisões no bloco.
Diplomatas brasileiros envolvidos na organização da cúpula confirmaram que o tema da expansão será debatido no encontro, mas reforçaram a posição de prudência defendida por Amorim. O Brics atualmente é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com mais de 40 países demonstrando interesse em adesão.