O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou neste sábado (10), em Moscou, que os países do Brics podem avaliar exceções para futuras expansões do bloco, mas defendeu que novas adesões não ocorram no momento atual. A declaração foi feita durante conversas preliminares sobre a próxima cúpula do grupo, marcada para julho no Rio de Janeiro.
Amorim destacou a necessidade de consolidar o Brics em sua formação atual, com possíveis exceções pontuais. “O Brics tem que ser consolidado como está. Tem uma exceção ou outra, não sei ainda direito como será, mas tem que ser consolidado basicamente com o tamanho dele”, afirmou. O assessor presidencial argumentou que grupos muito amplos enfrentam dificuldades de coesão e tomada de decisões.
Diplomatas brasileiros envolvidos nos preparativos para a cúpula de julho confirmam que o tema da expansão será debatido, mas com cautela. O governo brasileiro busca equilibrar o interesse de novos países em ingressar no bloco com a manutenção da eficácia do grupo, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul desde 2011.