A agenda da primeira-dama passou a ser publicada no site do Palácio do Planalto a partir de 25 de abril, seguindo uma orientação da Advocacia-Geral da União (AGU) que estabelece medidas de transparência e prestação de contas. Entre os compromissos divulgados estão o velório do Papa Francisco, viagens à Rússia, China e Uruguai, além de reuniões relacionadas à COP30. A iniciativa busca responder a críticas sobre a falta de justificativas institucionais para gastos e deslocamentos.
Durante sua viagem à Rússia, a primeira-dama participou de eventos ligados à Aliança Global contra a Fome e à promoção do empreendedorismo feminino no âmbito do Brics, além de visitas culturais. A antecipação da viagem em relação ao presidente gerou questionamentos no Congresso, mas a AGU defendeu a legalidade das ações, destacando o interesse público. Na China, um discurso não previsto durante um jantar com o presidente local causou desconforto diplomático, levando a debates sobre protocolo e gênero.
Além das viagens internacionais, a agenda incluiu eventos no Brasil, como a reinauguração do Palácio Capanema no Rio de Janeiro e encontros sobre cooperação internacional. A primeira-dama também foi anunciada como enviada especial do Brasil na COP30. A postura ativa no governo tem sido alvo de elogios e críticas, reforçando a discussão sobre o papel moderno do cargo. A orientação da AGU busca equilibrar transparência e reconhecimento da atuação simbólica do cônjuge presidencial, sem vínculo formal com o Estado.