Enquanto as ações mais sensíveis aos juros acumulam alta de 44% no ano e o Ibovespa avança 14%, uma empresa do setor de logística registra desempenho inferior, com valorização de apenas 7%. O resultado abaixo da média reflete preocupações do mercado com questões operacionais e metas conservadoras para 2025, fatores que mantêm o papel sob pressão. Na manhã desta quarta-feira, as ações da companhia chegavam a subir 2,6%, cotadas a R$ 20,10.
Um banco de investimentos aponta que a atual desvalorização do papel pode atrair investidores em busca de oportunidades fora do recente rali do mercado, abrindo espaço para recuperação no curto prazo. A instituição reiterou a recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo de R$ 29 para R$ 25, citando possíveis melhorias nos riscos operacionais. No entanto, analistas destacam que outras empresas do setor são vistas como opções mais atraentes no longo prazo devido à maior sensibilidade da logística às variações das taxas de juros.
A divulgação de dados mensais de volume na próxima semana pode trazer um tom mais positivo, com expectativa de recuperação após resultados fracos no início do ano. Apesar disso, persistem incertezas sobre tarifas, consumo de caixa e execução de projetos de expansão, que exigirão investimentos significativos nos próximos anos. O valuation atual é considerado atrativo, com projeções de geração de caixa livre robusta a partir de 2026, potencialmente beneficiando os acionistas.