O adiamento do anúncio de medidas fiscais pelo Ministério da Fazenda é visto por especialistas como uma estratégia para ampliar o diálogo e evitar reações negativas, como ocorreu com a proposta de aumento do IOF em maio. Analistas destacam que a discussão de medidas estruturais exige tempo para amadurecimento e negociação, especialmente diante da necessidade de aprovação pelo Congresso Nacional. A abordagem cautelosa pode garantir maior legitimidade às propostas quando forem divulgadas.
Segundo economistas, a postergação reflete a busca por um alinhamento mais amplo, evitando decisões precipitadas. Um especialista ressalta que o foco deve ser conter o avanço de gastos obrigatórios, incluindo emendas parlamentares, que se tornaram quase mandatórias. A expectativa é que as medidas, quando anunciadas, já tenham o respaldo necessário para implementação, reduzindo riscos de desgaste político.
A equipe econômica enfrenta desafios imediatos, como ajustes no orçamento para 2025, e planejamentos de longo prazo, visando metas fiscais ambiciosas a partir de 2026. Analistas avaliam que a construção de consenso é essencial para medidas sustentáveis, evitando repetir erros passados. O processo, embora mais lento, pode resultar em propostas mais sólidas e com maior chance de sucesso.