O adiamento do anúncio de medidas fiscais e econômicas pelo Ministério da Fazenda é visto por especialistas como uma estratégia para ampliar o diálogo e evitar reações negativas, como ocorreu com a proposta de aumento do IOF em maio. Analistas destacam que a abordagem mais cautelosa permite maior maturação das discussões, essencial para medidas de longo prazo, e evita decisões precipitadas. A construção de consenso com o Congresso Nacional é apontada como fundamental para a legitimidade das futuras ações.
Segundo economistas, a postergação indica uma tentativa de fortalecer o apoio político antes da divulgação das medidas, garantindo maior sustentação no Legislativo. No entanto, persistem dúvidas sobre o alcance e os detalhes das propostas, especialmente em relação ao controle de gastos obrigatórios. A necessidade de equilibrar as contas públicas e cumprir metas fiscais ambiciosas, como um superávit primário, também é destacada como um desafio central.
Especialistas ressaltam que a equipe econômica enfrenta dois grandes desafios: resolver questões imediatas, como eventuais revisões de decretos, e planejar o orçamento de 2026. A prioridade, segundo analistas, é evitar medidas isoladas e assegurar que as decisões tenham ampla articulação, reduzindo riscos de desgaste político e econômico. O tempo adicional é visto como crucial para alinhar expectativas e viabilizar reformas estruturais.