A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) estabeleceu uma meta ousada para os próximos 10 anos: elevar seu patrimônio, que hoje corresponde a 12% do PIB brasileiro (R$ 1,3 trilhão), para 100% do PIB. O diretor-presidente da entidade destacou que o setor pretende ampliar sua participação na economia nacional, incluindo novos trabalhadores e empresas. Atualmente, o segmento atende 4 mil companhias, mas há potencial para alcançar os 5 milhões de empresas existentes no país.
Um dos projetos em destaque é o “Micropensões”, voltado para profissionais de plataformas digitais, como motoristas de aplicativo e entregadores. A iniciativa, que deve ser testada em parceria com o Ifood ainda este ano e posteriormente estendida ao Uber, busca oferecer um plano simplificado de previdência para cerca de 2,1 milhões de pessoas. A adesão será facultativa, e as empresas terão o papel de direcionar parte da remuneração dos trabalhadores para o plano, sem obrigatoriedade de contribuição.
Além disso, a Abrapp pretende tornar o produto mais atrativo com o “Prévio Sonho”, um mecanismo que permite resgates parciais a cada cinco anos para fins específicos, como educação ou troca de veículos. A estratégia inclui uma campanha de comunicação eficiente para engajar o público jovem, que tradicionalmente não era prioridade para a entidade. O Ifood já demonstrou interesse em contribuir financeiramente, reforçando a viabilidade do projeto.