A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) estabeleceu uma meta ambiciosa para a próxima década: elevar o patrimônio do setor, que hoje corresponde a 12% do PIB brasileiro (R$ 1,3 trilhão), para 100% do PIB. Durante o 14º Seminário Gestão de Investimentos dos Fundos de Pensão, em São Paulo, o diretor-presidente da entidade destacou que o plano inclui ampliar a participação no mercado, atingindo novos trabalhadores e empresas. Atualmente, o setor abrange 4 mil empresas, mas o potencial é muito maior, considerando que o Brasil tem cerca de 5 milhões de empresas.
Um dos projetos em desenvolvimento é o “Micropensões”, voltado para profissionais de plataformas como Ifood e Uber, que juntos somam 2,1 milhões de pessoas. O produto, já existente no mercado de previdência, será opcional para os trabalhadores, com as empresas responsáveis por oferecer o plano. A Abrapp pretende iniciar um teste com o Ifood ainda este ano, focando em comunicação eficaz para engajar o público jovem. O modelo prevê que parte dos ganhos do trabalhador seja direcionada automaticamente para o plano, funcionando como uma remuneração diferida.
Além disso, a associação destacou o produto “Prévio Sonho”, que permite resgates parciais a cada cinco anos para fins específicos, como educação ou troca de veículos. A iniciativa busca tornar a previdência complementar mais acessível e atrativa, alinhada às necessidades dos trabalhadores informais. Com essas estratégias, a Abrapp espera não apenas expandir seu alcance, mas também reforçar a importância da previdência privada na economia brasileira.