Os números primos fascinam a humanidade há milênios, desde marcas em ossos pré-históricos, como o osso Ishango, até sistemas numéricos babilônicos registrados em tábuas de argila. Matemáticos gregos, como Euclides, foram os primeiros a formalizar conceitos sobre esses números, provando sua infinitude por volta de 300 AEC. Posteriormente, estudiosos árabes e persas avançaram na teoria, estabelecendo os primos como blocos fundamentais da aritmética, semelhantes aos átomos na química.
A busca por números primos grandes ganhou impulso com o desenvolvimento de métodos matemáticos, como os testes de Lucas-Lehmer, e a chegada dos computadores. Na década de 1950, máquinas começaram a identificar primos de Mersenne — números na forma (2^p – 1) — acelerando descobertas. Projetos colaborativos, como o Great Internet Mersenne Prime Search (GIMPS), permitem que voluntários contribuam com poder computacional para essa busca, resultando em achados recordes, como um primo com mais de 41 milhões de dígitos.
Além do interesse matemático, os números primos grandes têm aplicações práticas em criptografia, garantindo a segurança de comunicações digitais. Organizações como a Electronic Frontier Foundation incentivam novas descobertas com prêmios em dinheiro, visando primos com 100 milhões e até 1 bilhão de dígitos. A combinação de técnicas históricas, avanços tecnológicos e colaboração global mantém viva essa jornada milenar em busca dos maiores números primos.