Um estudo divulgado nesta quinta-feira (8) revela que 52,9% das pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil já enfrentaram situações de discriminação ao longo da vida. A pesquisa, denominada Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV 2025, também aponta que 38,8% dos entrevistados relataram ter sido alvo de fofocas ou comentários preconceituosos.
O documento foi produzido por um consórcio de organizações da sociedade civil, incluindo o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/AIDS, e a Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV/Aids. A pesquisa buscou mapear as diferentes formas de estigma enfrentadas por essa população no país.
Os dados destacam a persistência do preconceito mesmo após décadas de avanços no tratamento e na conscientização sobre o HIV/Aids. Especialistas alertam que a discriminação pode ser um obstáculo para o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento, agravando os desafios de saúde pública relacionados à doença.