O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, tem origem em um episódio marcante da história: a greve de Chicago (EUA) em 1886, quando operários foram reprimidos ao exigir jornadas de 8 horas. O protesto, que reunia milhares contra condições insalubres e expedientes de até 14 horas diárias, terminou com violenta repressão, prisões e execuções, episódio conhecido como ‘Tragédia de Haymarket’.
Segundo Samuel Fernando de Souza, historiador da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, a data foi oficializada durante a Internacional Socialista de 1889 como símbolo da resistência operária. ‘Os líderes do movimento foram condenados à morte, transformando-se em mártires da causa trabalhista’, explica. O evento inspirou a criação de leis trabalhistas em diversos países, incluindo o Brasil, onde a data é feriado nacional desde 1925.
Apesar das conquistas ao longo do século XX, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, especialistas apontam que a data mantém seu caráter reivindicatório. Atualmente, sindicatos e movimentos sociais utilizam o 1º de maio para protestar contra precarização, desemprego e retrocessos em direitos, evidenciando a atualidade das pautas levantadas há 138 anos.