O CEO da OpenAI, Sam Altman, destacou que diferentes gerações utilizam o ChatGPT de formas distintas, com os mais jovens—especialmente a Geração Z e millennials—adotando a ferramenta como um conselheiro de vida ou até mesmo um “sistema operacional”. Enquanto as gerações mais velhas tendem a usá-la como substituto para ferramentas de busca, como o Google, universitários e jovens adultos integram o ChatGPT em suas rotinas de maneira mais complexa, salvando comandos e consultando-o antes de tomar decisões importantes. Altman comparou essa adaptação à forma como crianças dominaram smartphones rapidamente, enquanto os mais velhos demoraram para se adaptar.
Especialistas estão divididos sobre a segurança e a confiabilidade de usar modelos de linguagem para orientações críticas, como questões médicas, relacionamentos ou negócios. Alguns estudos alertam para riscos éticos e limitações técnicas, enquanto outros apontam benefícios em consultas cotidianas. A OpenAI não se pronunciou sobre a confiabilidade do ChatGPT para esse fim, mas relatórios indicam que mais de um terço dos jovens entre 18 e 24 anos nos EUA já adotaram a ferramenta, aproveitando sua capacidade de memorizar contextos de conversas anteriores.
O crescimento da OpenAI—avaliada em US$ 300 bilhões após investimentos como os da Sequoia Capital—reflete a expansão dos casos de uso da IA generativa. No entanto, a discussão sobre até que ponto os usuários devem depender dessas tecnologias para decisões pessoais permanece aberta, com especialistas enfatizando a necessidade de cautela e entendimento das limitações dos sistemas.