O número de óbitos entre os Yanomami caiu 21% entre 2023 e 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. As mortes por infecções respiratórias agudas diminuíram 47%, por malária 42% e por desnutrição 20%. O relatório atribui a melhora ao aumento de profissionais de saúde na região, que passou de 690 para 1.781 em um ano, além de investimentos em infraestrutura e atendimento. A reabertura de sete polos base antes fechados por insegurança também permitiu o acesso a cuidados médicos para mais de 5 mil indígenas.
O avanço na vacinação foi outro destaque, com um aumento de 65% nas doses aplicadas em 2024 em comparação com o ano anterior. Paralelamente, a desnutrição grave em crianças menores de cinco anos recuou de 24,2% para 19,2%, embora o número de crianças com baixo peso tenha subido levemente, indicando uma transição para melhores condições nutricionais. Atualmente, metade das crianças Yanomami está no peso ideal, embora a recuperação completa ainda exija tempo, especialmente nos casos mais críticos.
O governo federal destacou que a ação integrada entre diferentes áreas foi crucial para os resultados, garantindo segurança e condições para que equipes de saúde atuassem nas aldeias. A redução de 26% nas mortes evitáveis e de 17,7% nas não evitáveis reflete os esforços, embora desafios diários persistam, como a necessidade de consolidar a recuperação nutricional e ampliar o acesso a serviços básicos.