O número de óbitos entre os Yanomami caiu 21% entre 2023 e 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2023, foram registradas 428 mortes, enquanto em 2024 o número reduziu para 337. As principais causas de morte, como infecções respiratórias agudas, malária e desnutrição, tiveram quedas significativas de 47%, 42% e 20%, respectivamente. O relatório atribui a melhora ao aumento de profissionais de saúde na região, que saltou de 690 para 1.781, um crescimento de 158%, além de investimentos em infraestrutura e atendimento qualificado.
O combate à desnutrição infantil também apresentou progressos, com a redução de casos graves em crianças menores de cinco anos, de 24,2% para 19,2%. Apesar do avanço, o processo de recuperação nutricional ainda é lento, exigindo anos para normalização do peso e fortalecimento imunológico. Paralelamente, a vacinação de rotina teve um aumento de 65% na aplicação de doses, reforçando a proteção contra doenças evitáveis.
A reabertura de sete polos base de saúde, anteriormente fechados por questões de segurança, permitiu o atendimento a mais de 5.2 mil indígenas. O governo federal destacou que a ação integrada foi essencial para garantir o acesso à saúde em áreas remotas. Os dados refletem um cenário de melhora, embora os desafios permaneçam, especialmente na recuperação de crianças e na consolidação dos serviços de saúde no território Yanomami.