A crescente conscientização sobre saúde mental tem levado profissionais a reavaliar a tolerância a ambientes de trabalho tóxicos, onde comportamentos abusivos, como gritos, críticas à aparência e atitudes passivo-agressivas, são comuns. Relatos mostram que muitos, especialmente das gerações mais jovens, estão dispostos a abrir mão de salários mais altos em troca de bem-estar psicológico. Especialistas destacam que a persistência desses comportamentos, aliada à falta de mudança após tentativas de diálogo, é um sinal claro de um ambiente prejudicial.
Para identificar situações tóxicas, recomenda-se observar sinais como alta rotatividade, falta de confiança e dificuldade em expressar opiniões sem medo de represálias. Psicólogos explicam que tais comportamentos muitas vezes refletem inseguranças de quem os pratica, e a pandemia agravou o problema devido ao isolamento social. Documentar incidentes e buscar apoio externo, como terapia ou conversas com colegas, pode ajudar a lidar com a situação enquanto se planeja uma saída.
Quando a imposição de limites não resolve, a melhor alternativa pode ser buscar outro emprego, mesmo que isso signifique uma redução temporária de renda. Profissionais ressaltam que nenhum salário compensa o desgaste emocional, e encorajam aqueles em situações abusivas a reconhecer que têm opções. A mensagem é clara: priorizar a saúde mental não é um luxo, mas uma necessidade para uma carreira sustentável e satisfatória.