Uma mulher procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Itajaí, Santa Catarina, solicitando uma simulação de vacinação em uma boneca reborn para postar nas redes sociais. De acordo com a prefeitura, o pedido foi negado pela equipe do posto, que argumentou que a ação resultaria em desperdício de insumos públicos, destinados exclusivamente a seres humanos. A mulher, que não era da área de cobertura da UBS, teria se irritado com a recusa e deixado o local de forma exaltada.
O caso reflete uma tendência crescente de adultos tratando bonecos reborn como bebês reais, levando autoridades a tomar medidas legais. Municípios e assembleias legislativas têm proposto projetos para impedir o uso dessas bonecas em serviços públicos, como vacinação e prioridade em filas. Em Curitiba, por exemplo, a prefeitura já proibiu o uso de assentos preferenciais em ônibus para os “pais” de reborns.
No âmbito federal, um projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Deputados para multar quem usar bonecos realistas para obter vantagens no SUS, como acesso a vacinas. A proposta prevê penalidades de cinco a 20 salários mínimos, dobradas em caso de reincidência. O debate ganhou força após vídeos de adultos humanizando reborns viralizarem nas redes sociais, levantando questões sobre o uso adequado dos serviços públicos.