Uma mulher procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Itajaí, Santa Catarina, solicitando uma simulação de vacinação em uma boneca reborn para postar nas redes sociais. De acordo com a prefeitura, o pedido foi recusado pela equipe do posto, que alegou desperdício de insumos públicos, destinados exclusivamente a seres humanos. A mulher, que não era da área de cobertura da UBS, teria se irritado com a negativa e deixado o local de forma exaltada.
O caso reflete uma tendência crescente de adultos tratando bonecas reborn de maneira humanizada, o que tem levado autoridades a tomar medidas legais. Em Curitiba, por exemplo, a prefeitura proibiu o uso de assentos preferenciais em ônibus para essas bonecas. Projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo propõem multas para quem solicitar prioridade no SUS usando bebês realistas.
Na última semana, um projeto foi apresentado na Câmara para coibir o uso de reborns em busca de vantagens no sistema público de saúde, como acesso a vacinas ou filas preferenciais. A proposta prevê multas de cinco a 20 salários mínimos, dobradas em caso de reincidência. O debate ganhou força após vídeos de adultos interagindo com as bonecas viralizarem nas redes sociais.