O Brasil foi o quarto país que mais emitiu vistos americanos no primeiro trimestre de 2025, com 237,8 mil documentos, ficando atrás apenas de México, Índia e China. No entanto, houve uma queda de 19,1% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o país registrou um volume histórico de emissões. Especialistas atribuem a redução a uma base de comparação elevada, já que os anos anteriores foram marcados por alta demanda, além do endurecimento das políticas migratórias sob o novo governo dos EUA.
Para vistos de turismo (B1/B2), os consulados priorizam a comprovação de vínculos fortes com o Brasil, como emprego formal, propriedades ou família, para evitar suspeitas de permanência ilegal nos EUA. Fatores como renda incompatível com a viagem, histórico migratório irregular ou respostas inconsistentes na entrevista podem levar à recusa. Além disso, redes sociais são analisadas para identificar inconsistências, como declarações de trabalho nos EUA em contraste com pedidos de visto de turismo.
Já os vistos de imigração, como os Green Cards das categorias EB-1 e EB-2, tiveram aumento de 6,7% no mesmo período, indicando maior agilidade na aprovação para profissionais qualificados. Enquanto isso, os vistos de turismo enfrentaram um trimestre fraco, com média mensal de 75,3 mil emissões, abaixo dos 90 mil de 2024. Apesar da queda, esse tipo de visto ainda representa 95% do total emitido para brasileiros, mostrando que o interesse pelos EUA permanece alto, mesmo com critérios mais rigorosos.