Um protocolo de segurança tem sido frequentemente acionado em clínicas da família e centros municipais de saúde no Rio de Janeiro devido à violência urbana. Segundo dados da secretaria de Saúde, nove unidades suspenderam atendimentos diariamente no primeiro trimestre do ano, totalizando 853 interrupções em 90 dias. O procedimento é adotado em situações como tiroteios, invasões de criminosos ou operações policiais com risco de confrontos, visando proteger funcionários e pacientes.
Em algumas áreas, a violência levou a mudanças permanentes. Na Vila Kennedy, uma unidade reduziu seu horário de funcionamento, fechando mais cedo para evitar riscos à noite. Já em Marechal Hermes, uma clínica foi fechada por tempo indeterminado devido ao tráfico de drogas nas proximidades. A situação reflete a perda de território para o crime organizado, conforme destacado pelo secretário de Saúde.
O cenário preocupa autoridades, que comparam a situação a conflitos armados em outros países, onde unidades de saúde são protegidas mesmo em guerras. No Rio, no entanto, a falta de segurança tem comprometido o acesso à saúde pública, afetando diretamente a população mais vulnerável. A prefeitura busca soluções, mas a escalada da violência continua a desafiar a manutenção dos serviços essenciais.