Em diversas partes do mundo, comunidades inteiras se uniram para transformar suas cidades em verdadeiras obras de arte a céu aberto, pintando casas e ruas com cores vibrantes. San Miguel de Allende, no México, é um exemplo icônico, com seu centro histórico repleto de tons quentes e terrosos, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Outros locais, como Guatapé na Colômbia e Valparaíso no Chile, também se destacam por suas paletas coloridas e pela maneira como as cores contam histórias locais, refletindo cultura e tradição.
Na Argentina, o bairro de La Boca ganhou vida com as sobras de tinta de navios, enquanto Kinsale, na Irlanda, parece saída de um conto de fadas com suas ruas medievais coloridas. Já a ilha de Burano, na Itália, mantém um rigoroso código de cores, onde cada casa deve ser pintada de um tom diferente das vizinhas. Na África do Sul, o bairro de Bo-Kaap simboliza liberdade, com suas fachadas coloridas que marcam a emancipação de antigos escravizados.
Projetos como o de Kampung Pelangi, na Indonésia, demonstram como a arte e as cores podem revitalizar comunidades marginalizadas, transformando-as em pontos turísticos. Essas iniciativas não apenas embelezam os espaços, mas também fortalecem a identidade cultural e econômica das regiões, atraindo visitantes e inspirando outras cidades a seguir o mesmo caminho.