O governo venezuelano anunciou a suspensão imediata de todos os voos provenientes da Colômbia, após acusar a chegada de mercenários ao país com o objetivo de sabotar as eleições parlamentares e para governadores realizadas no domingo (18). O ministro do Interior afirmou que 38 pessoas foram detidas, incluindo 17 estrangeiras, e que o grupo teria planos de atacar instituições como embaixadas, hospitais e postos policiais. A medida marca uma nova ruptura na conexão aérea entre os dois países, que havia sido retomada em novembro de 2022 após anos de interrupção.
As autoridades venezuelanas vinculam os supostos mercenários a tentativas de desestabilizar o governo, alegando que os indivíduos partiram de outros países, mas entraram na Venezuela através da Colômbia. O ministro também associou o plano a setores da oposição, que haviam pedido abstenção nas eleições devido a denúncias de irregularidades. Apesar das acusações, não foram apresentadas provas concretas sobre a origem ou os financiadores do suposto grupo.
Esta não é a primeira vez que o governo venezuelano alega conspirações internacionais para derrubar o atual liderança, frequentemente citando os Estados Unidos e a Colômbia como envolvidos. A suspensão dos voos reflete as tensões contínuas na região e o clima de desconfiança entre os países. A medida deve impactar passageiros e o comércio bilateral, renovando preocupações sobre o isolamento da Venezuela no cenário regional.