A Venezuela realizará eleições no próximo domingo (25) para escolher os 285 deputados da Assembleia Nacional e os governos estaduais. O pleito ocorre em um cenário de desconfiança após as controvérsias da eleição presidencial de 2024, que reelegeu o atual governo sob acusações de irregularidades. A oposição está dividida entre os que defendem a abstenção, liderados por uma figura política proeminente, e os que apoiam a participação eleitoral como forma de contestar o chavismo, representados por um ex-candidato presidencial.
O contexto econômico também influencia a eleição, com a inflação voltando a crescer e as sanções internacionais impactando as finanças públicas. Um professor da Universidade Central da Venezuela destacou que a dispersão dos votos entre diferentes grupos oposicionistas pode beneficiar o governo, mantendo a hegemonia chavista na Assembleia Nacional e nos governos locais. Enquanto isso, partidos como o PCV decidiram boicotar o processo, alegando falta de garantias eleitorais.
O governo mobiliza seus apoiadores para manter o controle das instituições, enquanto a oposição enfrenta desafios para unificar sua estratégia. A polarização e as questões estruturais, como a crise econômica e as acusações de fraude, marcam o clima pré-eleitoral, com poucas expectativas de mudança significativa no cenário político. O resultado do pleito deve refletir a complexidade do momento atual no país.