O governo da Venezuela rejeitou a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que determinou a suspensão das eleições marcadas para 25 de maio na região do Essequibo, território disputado com a Guiana. Caracas afirmou não reconhecer a jurisdição do tribunal e declarou que seguirá com o pleito, classificando a ordem como intervencionista. A área, rica em recursos naturais, é alvo de um conflito histórico que se intensificou após a descoberta de reservas de petróleo em 2015.
O governo venezuelano defende que a disputa deve ser resolvida por meio de negociações bilaterais, conforme o Acordo de Genebra de 1966, e acusou a Guiana de adiar o diálogo. Enquanto a Guiana baseia sua soberania em um laudo arbitral de 1899, a Venezuela nomeou um governador para a região, medida que foi rebatida pelas autoridades guianenses com ameaças de prisão por traição.
A tensão entre os dois países continua a crescer, com a Venezuela insistindo em uma solução pacífica e direta, enquanto a Guiana busca respaldo legal internacional. O impasse reflete não apenas uma disputa territorial, mas também interesses estratégicos e econômicos na região.