A Venezuela realiza eleições neste domingo (25.mai.2025) para escolher os 285 deputados da Assembleia Nacional e os governos estaduais, incluindo a disputada região de Essequibo. O pleito ocorre após a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2024, marcada por acusações de fraude pela oposição e organismos internacionais. O governo anunciou ter desmantelado uma suposta tentativa de golpe, com a prisão de 38 suspeitos, incluindo estrangeiros, e suspendeu voos da Colômbia, acusando ex-líderes do país de envolvimento.
A oposição está dividida entre os que defendem a abstenção, liderados por uma figura política que foi barrada na eleição presidencial passada, e os que apoiam a participação eleitoral para disputar espaço institucional, representados por um ex-governador. Enquanto um grupo argumenta que votar legitima o governo atual, o outro vê no voto uma forma de resistência. O Partido Comunista da Venezuela decidiu boicotar o processo, alegando falta de garantias democráticas.
O chavismo, que controla a maioria das instituições, busca manter seu domínio, com Maduro convocando o eleitorado a votar e descrevendo o pleito como uma vitória para a “Revolução Bolivariana”. A eleição ocorre em um cenário de polarização, com críticas internacionais e questionamentos sobre a transparência do processo. O resultado poderá reforçar ou desafiar a hegemonia do governo no poder legislativo e nos estados.