O presidente da Venezuela declarou que a Guiana terá de reconhecer a soberania do país sobre o território do Essequibo, área rica em recursos e disputada há mais de um século. A afirmação ocorreu após a criação de cargos simbólicos para administrar a região, que foi formalmente incorporada como um estado venezuelano, apesar de estar sob controle guianense. A medida foi criticada pela Guiana, que alega violação de acordos internacionais e busca respaldo na Corte Internacional de Justiça para manter as fronteiras estabelecidas em 1899.
As tensões entre os dois países se intensificaram após a descoberta de reservas de petróleo na região em 2015. A Venezuela defende que o Acordo de Genebra de 1966, assinado antes da independência guianense, invalida a decisão anterior e exige uma solução negociada. Enquanto isso, líderes de ambos os lados trocam acusações públicas, mesmo após um encontro diplomático em dezembro de 2023, no qual se comprometeram a evitar escaladas de conflito.
Apesar dos apelos internacionais para moderar as ações, o governo venezuelano segue firme em sua posição, afirmando que a eleição de autoridades para o Essequibo marca o “nascimento de uma nova soberania”. O impasse permanece, com a Guiana mantendo o controle efetivo da área e a Venezuela insistindo em sua reivindicação, elevando os riscos de uma crise prolongada na região.