A armadeira (Phoneutria sp.), uma das aranhas mais perigosas do Brasil, chamou a atenção da ciência e da indústria farmacêutica devido a um efeito incomum de seu veneno: causar ereções prolongadas e dolorosas que podem durar até quatro horas. Pesquisadores estudam a toxina como possível base para medicamentos contra disfunção erétil, analisando sua aplicação em tratamentos futuros. Apesar do potencial médico, a picada dessa aranha, também conhecida como aranha-da-banana, representa riscos graves à saúde, incluindo dor intensa, convulsões e, em casos raros, morte.
A taxa de letalidade da armadeira é considerada baixa, com menos de 0,02% dos casos registrados no Brasil resultando em óbito. No entanto, acidentes exigem atendimento médico imediato para evitar complicações sérias, como sudorese excessiva, visão turva e cólicas abdominais. O interesse no veneno não diminui os perigos associados ao animal, mas abre caminho para pesquisas inovadoras na área da saúde sexual masculina.
Enquanto os estudos avançam, especialistas reforçam a importância de evitar contato com a aranha, comum em regiões tropicais. A dualidade do veneno—entre seu potencial terapêutico e seus efeitos perigosos—destaca a complexidade da natureza e os desafios da ciência em transformar toxinas em tratamentos seguros e eficazes.