Funcionários do Vaticano realizaram nesta segunda-feira, 5, o voto de silêncio, comprometendo-se a manter sigilo absoluto sob pena de excomunhão. A cerimônia, prevista pela Constituição Apostólica, ocorreu na Capela Paulina e incluiu desde cerimoniários pontifícios até membros da Guarda Suíça. Os cardeais, que farão seu juramento separadamente nesta quarta-feira, 7, ficarão isolados na residência Santa Marta, sem acesso a telefones ou internet, enquanto decidem o sucessor do papa Francisco. A eleição, cercada de expectativa, será sinalizada pela fumaça branca da Capela Sistina.
O conclave de 2025 é o mais internacional da história, com cardeais de 70 países, muitos nomeados durante o pontificado de Francisco. A residência Santa Marta, onde os participantes ficarão hospedados, teve de ser ampliada para acomodar todos, refletindo as mudanças desde os tempos em que os cardeais se alojavam em condições menos confortáveis no Palácio Apostólico. Enquanto isso, fiéis aguardam na Praça São Pedro pelo resultado, que pode ser mais demorado devido à diversidade de perfis em discussão.
Nas reuniões preparatórias, os cardeais debateram temas como finanças vaticanas, escândalos de abusos e a unidade da Igreja, além de refletirem sobre o perfil ideal para o próximo papa. Embora haja nomes considerados favoritos, não há um consenso claro, segundo analistas. O processo, marcado por discrição e tradição, mantém o mundo atento ao desfecho que definirá o futuro dos 1,4 bilhão de católicos.